Castelo de Karlstejn

No dia seguinte de manhã lá fomos de novo para a estação de Praga mas desta vez para a entrada principal! Compramos o bilhete, fomos almoçar ao mac e aguardamos pela hora do comboio.

Quando subimos para o cais de embarque pudemos avaliar o comboio que nos ia levar até a aldeiazita de Karlstejn. O comboio assemelhava-se a alguns que tínhamos visto no dia anterior, antigo e completamente vandalizado tanto por fora como por dentro. O comboio fez uma barulheira tremenda a viagem toda e, nas curvas, parecia que a qualquer momento íamos descarrilar...

No comboio não havia nenhuma indicação da estação em que estávamos, nem da estação para onde nos dirigíamos. De Estavamos num comboio sem ter a minima noção de onde estávamos, para saber qual a estação onde tinhamos que sair tivemos que ir colados às janelas e prestar atenção para os nomes que apareciam nos apeadeiros/estações.

Chegamos ao destino, apetecia cantar vitória porque tínhamos conseguido acertar na estação! Mas quando saímos da estação e olhamos à nossa volta estávamos literalmente no meio do nada apenas com floresta, campos, montanha e algumas casas à nossa volta. O castelo parecia grande mas não o víamos em lado nenhum. Eu já estava a começar a rogar pragas a mim própria pela infeliz ideia de visitar um castelo nos arredores da cidade. Olhamos à nossa volta e tentamos adivinhar onde é que o castelo poderia estar escondido, e do outro lado do rio havia uma montanha à frente de outras montanhas, o castelo a existir só podia estar ali escondido!

Ao fim de algum tempo de caminhada começamos a ter indicações do castelo e começaram a surgir algumas casas. A rua estava deserta por ser segunda-feira, às segundas o castelo estava fechado para visitas. O nosso objectivo não era conhecer o interior do castelo, e sim o exterior.

Castelo que é castelo está no topo do monte, bem lá em cima. A subida foi bem cansativa mas lá aguentamos bem. O problema foi quando chegamos ao cume do monte, junto à entrada da muralha e batemos com o nariz na porta. Era impossível entrar dentro da muralha do castelo, e como o castelo está no topo da montanha, é impossível circular à volta da muralha exterior.

Para aquela subida não ser tão inutil decidimos regressar à aldeia por um trilho que existe ao lado da porta da muralha. A caminhada era mais longa mas sempre iamos pela floresta e não apanhavamos descidas tão ingremes.

Para acabar aquela visita em beleza, quando estávamos a acabar o trilho pelo meio do monte S. Pedro decide brindar-nos com chuvinha. O Pedro estava de impermeável mas eu não. Para não correr o risco de ficar doente ficamos, nem sei quanto tempo, abrigados de baixo de umas árvores junto a uma estrada. A chuva teimou em não parar, as folhas começaram a ficar carregadas de agua então já não protegiam nada então lá tivemos que ir à chuva. Quando estávamos a chegar à aldeia a chuva parou e o céu voltou a limpar :)

No regresso a Praga apanhamos um comboio também vandalizado. Mas neste havia uma peculiaridade, as portas que separavam as cabines eram de correr e estavam estragadas. Em cada curva que fazíamos além de parecer que íamos descarrilar as portas teimavam em abrir e fechar, fazendo um chiar muito característico. Este ambiente combinado com o anoitecer e parecia que estávamos dentro de um filme de terror! :P



Foi um dia atribulado, mas valeu a pena. Eu vi castelo de Karlstejn. Foi ao longe mas vi :)